Pesquisa do Indeed revela que, além de salários competitivos, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal é uma prioridade crescente.
A maioria dos trabalhadores brasileiros (59%) busca estabilidade financeira em 2025, segundo a pesquisa mais recente do Indeed, site de empregos. O estudo, que analisou as expectativas e prioridades de mais de mil funcionários de diferentes setores e gerações, mostrou que um fator é unânime na escolha de um emprego: 73% dos entrevistados classificam um salário justo como sua prioridade número um.
Outro dado relevante é que apenas uma remuneração competitiva já não é suficiente. O equilíbrio entre vida profissional e pessoal aparece como a segunda característica mais desejada por todas as gerações (57%).
“As questões financeiras continuam sendo uma preocupação comum entre as gerações. Embora os funcionários valorizem um ambiente de trabalho positivo, as empresas não podem ignorar a importância de necessidades básicas, como salários competitivos e bem-estar no trabalho. Os empregadores devem manter o foco nesses fundamentos para evitar insatisfação e falta de engajamento”, afirma Lucas Rizzardo, Diretor de Vendas do Indeed Brasil.
📌 Prioridades de carreira entre as gerações
A pesquisa mostra que, para a Geração Z, depois de um salário justo, os fatores mais importantes na escolha de um emprego são:
✔ Equilíbrio entre vida profissional e pessoal (56%)
✔ Oportunidades de crescimento na carreira (53%)
O mesmo padrão se repete entre os Millennials, que estão no início ou consolidando suas carreiras.
Já entre os funcionários mais experientes, os valores mudam. Mais da metade da Geração X e dos Baby Boomers (51%) classificam um ambiente positivo como o terceiro fator mais relevante, indicando que as expectativas de carreira mudam com o tempo.
Esse cenário reforça que empresas que desejam engajar equipes multigeracionais precisam adaptar suas estratégias para atender às diferentes aspirações profissionais.
📌 Objetivos para 2025 por geração:
🔹 Geração Z (48%) e Millennials (44%) priorizam o crescimento salarial.
🔹 Geração X (38%) e Baby Boomers (36%) valorizam mais o equilíbrio entre trabalho e vida.
“Os dados mostram uma mudança geracional nas prioridades. Embora a estabilidade financeira seja um objetivo comum, as gerações mais jovens estão mais focadas no crescimento salarial, refletindo o desejo de avanço na carreira e recompensas financeiras imediatas. Em contrapartida, os profissionais mais experientes priorizam o equilíbrio entre trabalho e vida, indicando que, à medida que a carreira amadurece, há uma ênfase maior na qualidade de vida e na flexibilidade”, explica Rizzardo.
📌 Trabalho extra e satisfação profissional
📌 Quem mais busca um segundo emprego para renda extra?
✅ Geração Z: 45%
✅ Millennials: 39%
✅ Geração X: 36%
✅ Baby Boomers: 31%
Esses números indicam que os profissionais no início da carreira tendem a buscar retornos financeiros mais imediatos, possivelmente devido ao custo de vida e às aspirações de crescimento acelerado.
📌 Satisfação no trabalho e busca por novas oportunidades
🔹 62% dos Millennials afirmam estar abertos a novas oportunidades, mesmo sem estar ativamente buscando um novo emprego.
🔹 Essa geração também tem o menor percentual de satisfação no trabalho—apenas 12% se dizem felizes, comparado a 17% da média geral.
Isso reforça a necessidade de estratégias eficazes de retenção de talentos, especialmente para os mais jovens. A falta de crescimento, flexibilidade e propósito no trabalho pode fazer com que eles migrem para novas oportunidades com mais frequência.
📢 O desafio para os empregadores em 2025
A pesquisa do Indeed destaca um desafio crítico para as empresas: encontrar o equilíbrio entre segurança financeira e bem-estar no trabalho para atender às expectativas da força de trabalho moderna.
📌 Tendências que estão moldando o mercado de trabalho:
✔ Flexibilidade no trabalho deixou de ser um benefício e se tornou uma necessidade.
✔ Tarefas com propósito e valores organizacionais sólidos são tão importantes quanto a remuneração.
✔ Empresas que ignoram essas mudanças podem enfrentar dificuldades na retenção de talentos e na estabilidade da equipe.
O futuro do trabalho exige uma abordagem mais estratégica. Os empregadores precisam ir além dos benefícios tradicionais e oferecer um ambiente que valorize tanto a remuneração quanto a qualidade de vida dos funcionários.